apesar do cansaço
queria te dizer tantas coisas
a boca encerra certo desencanto
mas sei que isso passa
tão logo quanto o vento
passa passa passa
quarta-feira, 27 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
sexta no freezer
dica do dia:
ponha o fígado no freezer
junto com as cervejas
beba-as quando geladas
reponha-o só na segunda-feira
durante o final-de-semana
coma pela beira
(amauri lobo)
ponha o fígado no freezer
junto com as cervejas
beba-as quando geladas
reponha-o só na segunda-feira
durante o final-de-semana
coma pela beira
(amauri lobo)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
segunda fora da lei
aqui estamos na segunda
acordados sonolentos
como metade do planeta
na segunda o fígado amarela
não quer nada com nada
metade do álcool derramado
mas, hoje não,
está diferente
o fígado indiferente
quem está puto mesmo
é o mau humor
esse maldito ausente
acordados sonolentos
como metade do planeta
na segunda o fígado amarela
não quer nada com nada
metade do álcool derramado
mas, hoje não,
está diferente
o fígado indiferente
quem está puto mesmo
é o mau humor
esse maldito ausente
domingo, 17 de maio de 2009
pingos
aqui estamos no domingo
dormindo com o resto do planeta
aos domingos
a vida cai aos pingos
l-e-n-t-a-m-e-n-t-e
(amauri lobo
sábado, 16 de maio de 2009
(sobre o ensaio dos osviralata)
a lua estava escondida
por trás da manta de nuvens brancas
que refletiam as luzes
de uma cuiabá estanhamente fresca
foi a deixa para baco nos visitar,
com vinho, cerveja, comida e ervas finas
levamos música e poesia
foi a dica para visitarmos dionísio
e convidá-lo para a festa
e ele aceitou...
(amauri Lobo)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
לילית
volto meu olhar
para a lua minguante
que não significa
bem ou mal
a face de lilith
a lua negra
o buraco onde posso pular
sem medo de esborrachar
pois não há fundo
mas sim, outro mundo
(amauri lobo)
para a lua minguante
que não significa
bem ou mal
a face de lilith
a lua negra
o buraco onde posso pular
sem medo de esborrachar
pois não há fundo
mas sim, outro mundo
(amauri lobo)
quarta-feira, 13 de maio de 2009
(encerrando a sessão solar)
sol é uma boa chave para rock
lembro-me de led zepelin
"the sound remains the same"...
solto a chave e pego a música
lembro-me de led zepelin
"the mountains goes to the sea, baby"...
sou todo música, mas lá fora é tudo sol
lembro-me de led zepelin
"the snow falls hard and don't you know"...
como pode um zepelin de chumbo
pairar sobre minha cabeça
sem derreter
sob o sol de cuiabá?
aperto o pause e respiro fundo:
amanhã o sol não vai nascer
terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
sol quadrado
o sol nasceu quadrado
enquadrado na janela do banheiro
suando labaredas laranjas
calor de outono no xilindró diário
calor urbano no diário de cuiabá
manchete do dia:
o sol foi preso e vai ver
o sol nascer quadrado
(amauri lobo)
enquadrado na janela do banheiro
suando labaredas laranjas
calor de outono no xilindró diário
calor urbano no diário de cuiabá
manchete do dia:
o sol foi preso e vai ver
o sol nascer quadrado
(amauri lobo)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
silêncio colérico
um céu colérico explodiu
de cadentes estrelas.
a poesia não sustenta a carne.
ostenta impurezas irreversíveis.
um gosto de abstrato na boca.
veneno contra toda concretude.
a carne saliva nos platôs platônicos
da alma indigesta.
gestos ousados na contra paisagem.
abstratos são venenos poderosos
nessa tarde de lua cheia
vermelha de olhos sombrios
beleza e rugosidade
crateras do tempo tempestade.
a ira cravada na carne dos deuses
de plantão.
um carniceiro exalando impurezas
no ar quente e abafado
da tarde que se arrasta entre as folhas secas
do outono,
também povoada de húmus nos escondidos
das sombras
que me abraçam
mortalha
na noite que avança,
de cadentes estrelas.
a poesia não sustenta a carne.
ostenta impurezas irreversíveis.
um gosto de abstrato na boca.
veneno contra toda concretude.
a carne saliva nos platôs platônicos
da alma indigesta.
gestos ousados na contra paisagem.
abstratos são venenos poderosos
nessa tarde de lua cheia
vermelha de olhos sombrios
beleza e rugosidade
crateras do tempo tempestade.
a ira cravada na carne dos deuses
de plantão.
um carniceiro exalando impurezas
no ar quente e abafado
da tarde que se arrasta entre as folhas secas
do outono,
também povoada de húmus nos escondidos
das sombras
que me abraçam
mortalha
na noite que avança,
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