estamos por um mísero "n". será que nossos corações partirão?
estou quebrado. cacos descolados dentro da minha cabeça gravitam em torno de vazios terríveis.
sua imagem ainda está aqui, descendo a rua, com sua cabeça de avestruz enterrada nas nuvens. sinto os vapores de suas lágrimas calcinando o chão áspero da calçada que desce ao longe.
sinto um arrepio ao pensar que talvez nunca mais possamos nos ver. um arrepio de morte.
tenho medo. quero chorar.
menino, homem não chora!
cacete, estou engasgado cindido fudido nessa solitária sem grades.
preso em minha garganta que cresce desmedidamente.
o pássaro encantado silenciou.
a brisa quente das duas da tarde atiça meu mau humor.
amor é coisa esquisita. dificil falar de amor. parece piegas.
poetas contemporaneos falam de outras coisas.
seu cachorro segue o mesmo percurso.
a calçada desce.
as lágrimas rolam rolam.
no fim da rua tem um rio.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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Um comentário:
tão piegas e ainda assim o faz tão bem!
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