lá vem a morte, de novo.
quando chega é sem nem pedir licença.
tema de filósofos e suicidas em geral. única conclusão possível, nas palavras de fernando pessoa. as palavras, não. essas duram nas palavras de lao tsé: a língua é mole e dura mais que os dentes.
assustamos quando a indesejada chega perto. leva pessoas tão próximas
uma sombra
fica, pairando.
sobre nossas cabeças.
sobre nossas pobres cabeças.
quinta-feira, 19 de março de 2009
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3 comentários:
uma luz acende
o destino espreita o velho na plataforma
nos corredores, impulsos e violações
a morte é na sístole?
no quarto em frente
os sonhos se despedem das algemas de poliéster
a diástole insiste
sessenta ciclos por segundo são insuficientes
para iluminar todo pulsar de vida
frente ao fato língua: o beijo
um cheiro registra a fragilidade do verbo
somos singular e futuro
nossos significados terão novo aporte
não seremos os mesmos meninos
os amarelos serão outros
mas nosso medo
prevalecerá na febre da unidade
Um abraço
de que é o olho?
a palavra?
o silêncio?
desculpe, quis dizer, de quem é o olho?
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