mergulhar atirado
numa obtusa saudade
profundis abismado
lamentável ausência
de los hermanos
olvidados
ninguém mais parece
ouvir Maria
a das Dores
a caneta sorrateira
dita a duras penas
manhãs que voam
no som do avião invisto
telhado quebrando a barreira
do som
paisagens sonoras se abrem
estilhaços
o silêncio se re-faz nos ecos
pequenos círculos que se esvaem
como fumaça para os ouvidos
não há platéia nesse momento
silêncio
estupor
sons
bicos de pássaros
nas paralelas
correm com a bica que corre
no não-tempo
memorial
a janela imaginada
descasca em lodo
comunhão
com todas as passagens
letras difusas
palavras confusas
sentimentos em desvario
você me deixa aerado
tonto
quanto
nauseado
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
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