terça-feira, 7 de julho de 2009

do alto das montanhas

a noite escorre entre meus dedos

intrépida e veloz

sob o comando dos cascos de mais de mil cavalos


a princesa dorme na torre e sonha de novo sob a sanha das eras


nenhum poeta vai decifrar essa insanidade

que beira a loucura mística transcendental


sou a quimera dos seus sonhos mais malditos

descabelados tangidos para outras paragens entre o absurdo e a pantomina


tragicômico se não fosse verdade

nessa noite de mentira de eternos retornos


transtornos multipolares

o silêncio transcende a madrugada

corta o tempo espaço entre espasmos de silvos fantasmagóricos


o palhaço está solto na contralinha do não trem.

Vem que tem, seu maldito!


espalha essa baba cósmica que envenena a pele dos meninos

espalha essa bolha de uma percepção que roça o limiar da loucura


deixa o louco girar deixa o louco girar deixa o louco

sonhar cantar tocar brincar pirar


papai, mamãe, seu filho pirô de vez

pierrot das matinas

o sol nasceu, corre, vem ver

lindo iniciar

todo dia de novo começa

do terror à luz num salto entre os limites da razão

entre nietczhe e a espada

dragão de são jorge! Ave! me tira daqui


assim caminha e pira a humanimaldade

salvem=me sodré e.cummings


o poeta que queria ser jack kerouac na província

dicke no sertão walt whitman passeando pelas relvas

as folhas soltas do destino.

salve salve thomas de quincey salve clarice e seu hobby de loucura

fina flor do cocho rasqueado no cerrado

dance dance dance ian curtis joy division

chorei todas as lágrimas salve arrigo barnabé

a clara croccodilo

minhas lágrimas são de jacaré pantaneiro.


salve alvarez de azevedo um brinde à gregório de matos na taberna do macário.


baudelaire buckowisky

arthur

o rimbaud das áfricas soturnas modulando tráficos estelares


salve a galera do software livre

e a cultura digital

e você ri até morrer


salve a quebradeira

dos macacos bongs

caximir viralata das vias urbanas de cuiabá


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