quarta-feira, 13 de abril de 2011

Curvas justificadas

A curva da rua Pedro Celestino se alongava sob meus pés que caminhavam cansados do corre corre cuiabano. Ambiente quente e que soa familiar, vou respirando fundo quando passa suavemente uma fragrância com rumor de passado. As narinas inflam e a mente se abre num clarão de memória. O ar com bafios de um passado que nunca me pareceu muito longe. O passado é logo ali. Na esquina.

Olho para o interior do casarão. Paisagens desse passado recente. Colonial. Pense bem, somos pós coloniais, pós modernistas, pós passadistas, com quantos pós retornaremos?

Muito bonita a rua com sua sinuosidade característica dos movimentos humanos que não são retos. São sinuosos. Se insinuam numa manhã qualquer e enchem aquele pedaço de cidade que oscila entre passado, presente e futuro. A Cuiabá cidade proto metropolitana (já escrevi isso em plenos anos 1980, de novo, o passado pós).

O passado não pode virar pó. O que vira pó(s) vem depois da curva do rio.

Digo, da rua.

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