terça-feira, 20 de setembro de 2011
vade torto
sábado, 10 de setembro de 2011
infâmia
saltei da cama e não achei o chão
descobri o sentido disso:
o buraco é mais embaixo
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
gata mansa
sábado, 6 de agosto de 2011
vende-se a alma
terça-feira, 26 de julho de 2011
passarás
quinta-feira, 21 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
corte
segunda-feira, 4 de julho de 2011
tictactiando
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
arranjo #3 um disparate
disparate arranjo #2
segunda-feira, 20 de junho de 2011
disparate
sexta-feira, 10 de junho de 2011
lição de inglês
segunda-feira, 6 de junho de 2011
dia de cão
Foi assim: com as mãos trêmulas percebi a dificuldade que é executar a vida de qualquer ser que pulsa, que clama, seja por um fiapo de vida.
Ela, muito mais decidida a dar o golpe de misericórdia. Suas mãos continuaram firmes até o último instante. Ela, a mão amiga.
Ensacar: morte por asfixia, poucos minutos, embalados por música para abafar os ganidos do pobre bicho: mas também para embalar o gesto com a valsa da morte.
Meus ouvidos nunca mais ouvirão a mesma música. Atravessar o portal e dedilhar a música da morte fez ressoar eternidades em meu cérebro excitado.
A vida é resistente. Reluta diante da possibilidade da morte. o corte fatal, fetal, de eternos reciclares.
Nada é demais quando a sombra delineia os contornos exatos do tempo que nos desloca para qualquer lado dessa infinidade de planos coexistentes. É mera questão de sorte, ou estamos sujeitos a fazer bem feito para conquistar um lugar melhor na sombra?
quarta-feira, 25 de maio de 2011
pó de cinzas
insistente
queima
feito pau seco
estala
faíscante
reinstala-se
faz-se mineral
estelar
constelaciona-se
coleciona feitos
mural
de indelicadezas
reincidentes
queima teima até
vira fumaça
quarta-feira, 18 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
poema 4 mãos
vou ali numa festa, no parque da cidade,
enquanto tenho idade nos ossos.
Isso eu posso:
(festejar)
{(mesmo sem motivo pra gastar!)}
SE HÁ UM PROBLEMA
me disseram que há solução
que igualando a zero você acha
mas dizer que disseram
não confirma nada
os ossos quebrados que o digam
FARELO PURO, DIZ O DOUTOR!
pelo menos não preciso fazer
pneumotórax
que isso é coisa
de poeta do passado
MAS, SEM BANDEIRA
vamos desfraldar o verso
E CAIR NESSA FESTA
que eu também vou!
yonarepontobarros+eduardopontoferreira
(série brilhantes óbvios)
absorvo cada gota como se fosse a última.
o tempo é uma grande mentira.
o último a sair, deixe o guarda-chuva no canto da sala.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
vago mundo
não me lembro.
normal.
pensamentos se desfazem como nós de nuvens
que passam e deixam a porteira aberta
para outros passarem.
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não se apegar a nada.
não deixar a luz se apagar, tampouco.
essa, a aventura da vida
cada dia um parto.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
uma aporrinhação esse negócio de ter que arrumar grana.
às vezes, prefiro morder a grama,
pastar tranquilo
numa tarde de pouco sol
em Cuiabá.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
o vagabundo é que é feliz!
vagamundo e vive
por um triz.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
da série: poemas secos
Sentado aqui sobre a impossível dor
Impassível como pedra ao relento
Eras e ares entrelaçando enigmas
Soturno ser sob estrelas caindo pelas bordas
O universo é tão lindo quando miramos o abismoso céu
Escorpiões escorrem venenosos pela Via Láctea
Tomam um banho de brilho tão intenso que desaparecem
Sob luz intensa não há forma que resista
Desaparecemos após cegarem todos os olhos
Sumimos entre estrelas
Desaparecemos sob o carbono
quarta-feira, 13 de abril de 2011
caximir book

me orgulho muito dessa foto do bando caximir. síntese de uma história longa, intermitente, que envolveu muitos artistas ao longo de 25 anos de estrada e muitas peripécias. foi uma universidade, me sinto phd nessa história que varou muitas ruas desse país brasilis.
resolvi contar essa história. ou, ao menos, iniciá-la. dar o primeiro passo. quem mais quiser se arriscar é só chegar mais.
simples direto, vou tentar ser o mais claro possível, sem literachatices. como um soco no estômago. na crueza brutal das narrativas do eu documental.
sou o único caximir que pode falar de cátedra. nenhum outro dos parceiros de estrada percorreu os 100% desse caminho como eu. isso por si já me agrada. uma afirmativa onde chamo mesmo, historicamente e histrionicamente para o campo da rinha-narrativa, qualquer um, sem medo, sem dó, sem arredar o pé dos fatos vividos, extenuados, paridos mesmo, com o sentido da dor e do prazer que a luz do conhecimento possa proporcionar.
sei lá. vou começar o caximir book aqui.
depois do primeiro morto, antônio sudra, o poeta de la transmutación, a primeira retirada já foi atirada. não cabe mais reter.
Curvas justificadas
A curva da rua Pedro Celestino se alongava sob meus pés que caminhavam cansados do corre corre cuiabano. Ambiente quente e que soa familiar, vou respirando fundo quando passa suavemente uma fragrância com rumor de passado. As narinas inflam e a mente se abre num clarão de memória. O ar com bafios de um passado que nunca me pareceu muito longe. O passado é logo ali. Na esquina.
Olho para o interior do casarão. Paisagens desse passado recente. Colonial. Pense bem, somos pós coloniais, pós modernistas, pós passadistas, com quantos pós retornaremos?
Muito bonita a rua com sua sinuosidade característica dos movimentos humanos que não são retos. São sinuosos. Se insinuam numa manhã qualquer e enchem aquele pedaço de cidade que oscila entre passado, presente e futuro. A Cuiabá cidade proto metropolitana (já escrevi isso em plenos anos 1980, de novo, o passado pós).
O passado não pode virar pó. O que vira pó(s) vem depois da curva do rio.
Digo, da rua.
terça-feira, 12 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
resenha res publica eu publico eu nóio
resenha res publica eu publico eu nóio

joyce fajuto. eu nóio tu nóias ele nóia. achei o livro bacana. uma capa preta, parece luto. coisa de quem perdeu parente próximo. coisa de quem tá noiado. luto é coisa de viado, diz o subconsciente crumbiano-chauvinista. macho que é macho não fica de luto, macho que é macho tem que estar na luta. na labuta. work in progress. ordem e progresso é o que vem na cabeça. puta slogan positivista. que ordem e progresso que nada. o negócio é todo em fluxo de consciência.
eu não sou bom com essa porra de fluxo de consciência. fico caprichando demais. pra ser fluxo não pode relar. se relar muito, a coisa mela. e escrever no computador exige um fluxo danado, porque o raciocínio de corte e cola não me deixa sair escrevendo ao deus-dará. corte e cola corta a nossa asa. acho que eu tou inclusive botando ponto demais. o eduardo não põe tanto ponto assim ele sabe escrever em fluxo melhor que eu. e isso não é um pensamento tipicamente competitivo não sou desses é só uma constatação. mas o eduardo também sabe que corte-e-cola fode a nossa mente. ele diz lá no eu nóia que escrever isso aqui é um papel de sísifo. se é trabalho de sísifo, penso eu com meus botões (que porra de fluxo é essa que eu fico teimando em botar discurso direto?), não é fluxo que nada. é tudo palhaçada. tudo nóia da cabeça do cara. ele fica dizendo que é eduardo pra dizer que o personagem é ele. eu não caio nessa. basta ver a mulher do eduardo. a mulher do eduardo não é a rosália, é a dona louca.
será que ele muda de mulher quando escreve? se for assim com ele, quero fazer troca de casais literários. eu escrevo sobre a genoveva imaginária e ele me manda a rosália. porque, afinal de contas, escrita livre é igual fluxo menstrual. se bem que tem menstruação que cai em placas, não é? não sou mulherzinha, mas sei dessas coisas. menstruação deve ser bem parecido com hemorróida, só que sem dor. escrever em fluxo como diz o eduardo deve ser bem parecido com menstruação, só que sem sangue. se bem que às vezes tem sangue sim. e, no meu caso, que sou canhoto, independente de ter sangue ou não, sempre suja a mão. é que a tinta vai borrando do anular até o mindinho conforme a linha vai chegando ao fim. acho que a gente tinha tudo que escrever em hebraico escrever que nem o leonardo da vinci. essa coisa de manchar a mão é uma sacanagem com canhoto. aliás qualquer sala de aula é uma sacanagem com canhoto, eu nunca encontro lugar pra escrever sem ficar torto. deve ser por isso que destro é direito. e é por isso que eu gosto do computador. não preciso ficar caraminholando com medo da tinta no anular. que a tinta não vai anular patavina do que eu tou escrevendo. não borroco porra nenhuma. só tem esse lance do corte-e-cola que estraga meu raciocínio.
quando paro pra escrever à mão, fico procurando a tesourinha pra jogar uma palavra do início pro final do parágrafo. é uma coisa meio minority report que eu guardo comigo. moleskine versus palmtop. eu não bebo cerveja, não fumo maconha, não pico, mas fico na nóia. eu nóia. todo mundo tem direito a uma de vez em quando.
é. eu tava querendo mesmo voltar ao assunto desse meu palavrório. me perco nesse negócio de fluxo. eu sou muito capricórnio pra deixar a coisa fluir, sabe? se flui muito, eu nóio. corto logo o barato. decepo. que nem machado de assis.
pra mim romance tem que ter pé e cabeça. vai ver é complexo de édipo mas não consigo pensar de outro jeito. coisa muito encriptada me dá no nervo. me dá no saco. e qualquer coisa que dá no saco, ou é espermatozóide ou dói pra caramba. essa coisa de escreveu não leu o pau comeu é muito erótica, muita sacanagem. só não é pior do que o que fazem com os canhotos. eu sou canhoto e sou realista. papo de modernista pra mim é papo-cabeça. romance pra mim tem que ter pé e cabeça.
discurso direto
indireto
ironia
sarcasmo
indireta
ficar escrevendo monologando não tem paciência que agüente. porra nenhuma acontece. fica o mundo girando em volta do meu bigo. uma figa. mas, olha, eduardo, isso não é nem crítica. não é destrutiva, nem construtiva, é só o meu jeitão noiado. cada um com o seu cada qual, entende? eduardo? se eu tou aqui esse tempo todo falando sozinho pra fingir o meu fluxo de consciência não era pra ter vocativado o eduardo. ato falho. aliás tudo o que eu falo é ato falho, desde o joyce até o aqui (e de repente pra depois também). difícil demais escrever esse negócio, girando como um pião sem saída.
não ia falar nada. ia ficar calado. mas aí veio a falta do que fazer depois do fim de ano. veio o amigo que levou o suassuna que eu comprei embora enquanto eu estava na metade, veio o final do martin page, e eu falei, se não for agora, não vai ser nunca. o martin page ajudou. peguei o livro do eduardo e comecei a ler sem compromisso. sem compromisso de terminar, de começar, dele saber que eu tou lendo. não quis nem saber. peguei a porra do livro e falei, se não for agora, não vai ser nunca. não vou dizer quando tempo levei porque tenho vergonha. leio lerdo. leio lerdo. fica um eco na minha cabeça me culpando. eu sou igual o menininho do sexto sentido. ouço vozes. leio lerdo. e parece que na cidade grande ninguém respeita o silêncio dos outros. vem o vendedor de bala e diz que o goiabinha da bauducco é um real, vem o maluco surfista e fala pro trocador que pegou a menininha do pedro segundo, vem a mulher gorda do meu lado e se esparrama pra ocupar o banco inteiro. tá, ela não fala nada. mas incomoda como se falasse. e tem o garotinho no colo da mãe no banco detrás mastigando o goiabinha da bauducco. nhec nham nhec nham quando leio alguma coisa no ônibus qualquer onomatopéia me dispersa. senhores passageiros, primeiramente desculpe interromper o silêncio da sua viagem. e o pior é que eu só leio em ônibus. menor paciência para sentar numa poltrona em casa, no meu metro e meio, e danar a ler hora e meia sem parar.
o tempo não pára. chavão cazuza. cazuza morreu cedo demais. e cazuza inevitavelmente me lembra mato grosso. rio à beça quando o eduardo fala dos cuiabanos. a única palavra que começa e termina com sinônimos de bunda. tem que ter culhão pra falar uma coisa dessas. mas macho que é macho tem que ser malzin. 138 páginas de pura malignidade. mas a letra é grande, dá pra ler rápido. leio lerdo. já tá anoitecendo e eu aqui nessa nóia de escrever alguma coisa sobre o eu nóia. já vão quase 24 horas. mais as 48 de edição. 48 de votação. o temor de não ser votado. temo não sair vivo dessa história. mas se não sair, crio asas e saio escrevendo. saio voando que nem ícaro em dia de lua cheia. que nem cobra com asa. azar. a única coisa que não faço nesse meu relato é relar em mais nada. tá tudo em cuspidez. tudo saindo sem dar tempo pra pensar.
tinha uma antiga piada de criança que dizia que deus organizou uma competição entre um brasileiro, um português e um americano pra descobrir qual a coisa mais rápida do mundo. o português nem pestanejou e falou que era a porta: só encostar e ela já fecha. o americano todo tecnológico falava que era a luz, porque ele apertava o interruptor e a luz acendia, num piscar de olho. veio o brasileiro pra ganhar a copa e falou que a coisa mais rápida era a caganeira, porque não dá tempo de fechar a porta nem de acender a luz.
caganeira é como escrever em fluxo de consciência. mas joyce não pariu o finnegans numa diarréia só. fico noiado é com isso. se escrita livre é deixar a coisa se escrever sozinha, onde ponho a minha mão? escrita livre pra mim combina com o overmundo. tem a cara do overmundo. só não digo que tem o cheiro do overmundo porque acabei de comparar a escrita livre com uma caganeira e o overmundo é mais cheirosim. e o que tem de cuiabanos no overmundo não tá no gibi. se é gibi, põe no banco de cultura! eduardo, taca o eu nóia aqui, pô. foi a minha primeira reação. já tá tudo em criei tive como. mas o cara que sabe. foi ele que fabrikou o livro. só tou aqui tentando desenhar uma resenha nessa tarde abafada. a terceira resenha dele aqui nesse cantinho. mas eu não dresisti. é presente de natal. presente que nada. isso aqui não vale a passagem. não vale o sedex. dura lex sed lex. resenha esquisita que só. mas resenha resumidamente eu renego. nunca vi resenha escrita livre. texto de jornalista tem sempre um monte de amarra. por isso não me amarro em ser jornalista. profissãozinha do demo. eu sou mesmo é escritor autônomo. que nem o joyce. que nem o eduardo. mas com menos talento.
vem o cazuza de novo piscando na minha cabeça. já tá tarde. já tá tarde. temo não sair vivo dessa história. 8.482 caracteres até agora.
manhã de sol
o vôo da abelha é mel
o sol ilumina seu rosto
os olhos da borboleta
são claros como a manhã
o vôo da mariposa
o rabo da raposa
na manhã sorrateira
balança a laranjeira
segunda-feira, 4 de abril de 2011
võo cego
fotografias rasgadas.
frascos tombados.
esvaziamento.
folhas + folhas
da mais pura
indigestão
desfolhando a tarde chuvosa
[fertiliza
pólen]
domingo, 3 de abril de 2011
dominical
os objetos repousam quietamente, dentre eles o relógio velho da tia que morreu no século passado. cada perfume no seu canto. os galhos da laranjeira pendem carregados de flores. o cheiro se desprende.
o anjo aspira. doce fragrência. tia Rosaura foi enterrada com flores da laranjeira que ela mesma plantou. seus galhos tentam ocultar uma casquinha de lua que se desprende da laranja que reluz.
quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
cava - da(série brilhantes óbvios)
engraçado!
(matuteia)
nossos pés
quanto mais fundos
sempre pisam
a superfície
terça-feira, 1 de março de 2011
eu vi!
de sorriso reluzente
sentada sem nenhuma impaciência
elegante
bela e imponente
ela sorriu para mim
não disse nada
com silêncio respondi
quem cala con
sente
que ela nos espera
com plácida calma
e dentadura
sorridente
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
sétimo
Antônio, Ave!
7º dia.
...alguém que está querendo me telefonar...
(a canção soa perfeita)
Salve!
os Bororo vieram acordar-
me.
Preparo meu Cavalo de Tróia
vou te dar
mais um presente de grego.
...mas só me telefona quando ver voar
o pássaro selvagem que saiu do nosso olhar...
(a canção não pára)
preparo meu corpo
velho
guerreiro
para o ritual
sétimo.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
academia dos mortais
na lata
bosta de urubu.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
aleatório nº 1
feito zumbido de môsca
dando voltas em volta
da página branca
Mais uma bostagem (postar + bobagem ou o que vc está pensando)
tudo tão insólito
sem solidez, inconsistente,
só in
só li
do
soli
down
brown e sol
bronze
encontro
in sol
solida
só
sol ida
DA
DA
azar do Tzara.
(Ana Amélia, Eduardo, Sodré, esqueci o nome do músico que tava na mesa e Marta).
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
tontos tons
busco o peixe grande
estatuário
a música da boa manhã
a boca amarga de café
o sol na janela
batendo no peito
a saudade me bate
de um jeito
nossas lembranças
perdidas no ar
tons pastéis
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
ode ao nada
dúbia
seus olhos
claros
não deixam
mentira
sobre mentira
ela me tira
do meio
dos cacos
afônicos
e lança-me
na tormenta
de um dia
quente
sem eira
nem beira
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
caindo de si
da vertigem
eis o momento
de verter
em queda
cometer o pecado
do excesso
gordo exagero
lubrifica a manhã
o vento empurra
(o sentido)
(o equilíbrio)
se desfolha
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
out sider
respondi: fico feliz que tenha saído. seja bem vindo ao inferno, do lado de fora.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
mirante
vejo fundo infinito.
la color divina!
mergulho en sus ojos.
percorro infinitos
de divinas cores!
miro infinitos
em sus divinos ojos
mergulhos coloridos!