domingo, 29 de junho de 2008

a dança dos fantasmas

a chuva cai
serena
em silêncio fresco (cortado
apenas
pelos pingos)

caem sobre a tampa velha
de isopor
esquecida (repousa)

no quintal

vento leve
intermitente
balança (sombras das folhas da árvore)

profunda paz
amortece meu espírito
(indômito)

as roupas dançam no varal
fantasmas com suas roupas prediletas
(dançam)

mexo remexo

velhos baús

sua fotografia parece que sorri para mim
sob suave frio
(o céu)

vermelho carmim

(nota do editor: poesia é coisa de frescos
poesia é coisa de fracos
poesia é coisa de frascos

o menor perfume)

Cuiabá (MT) · 30/6/2006 11:08

Nenhum comentário: