domingo, 29 de junho de 2008

queda

tecer o quê? (na) manhã que invade tudo de luz, pelas frestas, pelo canto do olho que foge para a não-contemplação. reflexos explodem como faíscas rebatidas pelas superfícies cromadas lisas espelhares.

tecer o quê? (se) a morte promete o conforto do supremo esquecimento, fazendo libertar das urdiduras da vida os destinos mais vis.

fazer o quê? (se) a ponta da linha salta da ponta da língua e serpenteia pelos cantos desconectados da mente dormente.

fazer o quê? (se) a macia mão (às vezes áspera) do acaso nos lançou a esse estado sólido caindo
caindo
na vertigem do tempo.
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Cuiabá (MT) · 12/6/2006 18:02

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

tecendo redes e bordados feito penélope siderada na contradição das horas, quedo e abstraio, traças e tralhas emaranham o caminho... seguimos.

Bia Marques · Campo Grande (MS) · 14/6/2006 09:41

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traças traçando riscos no tic tac nervoso das horas. cronos leva a luta até o último assalto.

eduardo ferreira · Cuiabá (MT) · 16/6/2006 16:43