domingo, 29 de junho de 2008

diário (l)ôco

ôco que nem cabaça
chacoalhando no ritmo interno
dessa máquina louca

motor que move
o desprezo
pela beleza e harmonia

investidores
que assaltam bolsas
bolsas que assaltam nossos bolsos

consomem carnes e músculos triturados
nervos em frangalhos

impõem a maldita condição
o descaso
a impotência
da vontade

espetáculo grotesco
formas sombrias
teatro dos obscuros

contra a luz
recortes enigmáticos

-acorda fantoche!

a corda
pendendo
no ôco das horas

balança
balança

Cuiabá (MT) · 2/8/2006 16:41

Nenhum comentário: