domingo, 29 de junho de 2008

Nem Baudelaire, nem Novalis

a adesão ao princípio de que nada se completa. adesão ao movimento e só.
nova lis. nova flor do pantanoso terreno do conhecimento. sínteses do inexorável. nem baudelaire.
nem novalis

a nova lis usa laços roxos.
é de gosto áspero
a cor do gosto di paixão i vísceras expostas
mais que dentes dionelianos
mais que piracicaba
mais que cuiabá. qualquer lugar é menos.
daqui o lugar quioblíquos navegamos
o roxo em preto e branco
rendas que caem sobre seus olhos.

o gosto do chão, da paixão
coração de cordas esgarçadas
no (des)ritmo das horas
quebrado entre padrões
(des)repetição
disrritmia
dois erres separam a questão
ortográficos
dois erros
rr
rrosna
rronca
rrompe.

Cuiabá (MT) · 12/5/2006 20:21

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

Um rrasgo de inspiração! Valeu Edu!

Luciana Hernandes · Londrina (PR) · 17/5/2006 13:50

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muito bom!!!!
poesia masculina e sensível! ai como é bom que isso exista! não vou aderir ao movimento de que nada se completa pois a primeira estrofe completou a segunda que completou a terceira ... e fez seu poema! parabéns! piracicaba agradece!

dáia flórios · Rio de Janeiro (RJ) · 17/5/2006 14:03

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um rrasgo de perrrrrcepção dalú. luzz qui alumia.
avelú valeu.

eduardo ferreira · Cuiabá (MT) · 18/5/2006 18:28

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daia o dia começou agora. estou aqui nesse labirinto sem fios de ariadne. overminotauro rompendo amarras da tarde escura. a festa continua.

eduardo ferreira · Cuiabá (MT) · 18/5/2006 18:32

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Redes bambas balançam os nós das estruturas
Cordas rrompidas pelo som do silência
leitura clara
numa noite escura.

Maravilhoso. Parabéns!
Claudiocareca · Cuiabá (MT) · 24/5/2006 18:47