terça-feira, 1 de julho de 2008

astral infernal

deixo-me abduzir. deixo a noite me arrastar junto aos destroços. ela diz quase sussurrando que é tudo consequência da proximidade de meu aniversário. desconverso desconexo balbucio que isso é bobagem. os astros não estão nem aí. penso silenciosamente às escondidas que tinha acabado de descobrir num lampejo fotográfico que tudo está intrinsecamente interligado que nada se separa do todo que a (con)fusão é total. mas tudo que liga separa tudo que acumula excede e explode gerando novos sistemas. nada pára. nada pára. nada volta. tudo avança.

a noite percorre meus instintos de fera arredia. a caverna está escura. platão morreu ao tropeçar na beira do abismo. estava escuro. ele não viu nada.

Cuiabá (MT) · 22/9/2007 18:44

Nenhum comentário: