terça-feira, 1 de julho de 2008

intempérie

antonio sodré repetidas vezes estará aqui entre nós banqueteando a farta mesa da virtude e da poesia. entre um cinismo e outro. sem cerimônias. um arroto. um momento de êxtase. poema extraído do livro "Empório Literário - versos diversos" poemas secos e molhados perfumarias e outras futilidades literárias.

intempérie
I
os dias vão passando
uns quentes, outros frios.
a vida é que passa comigo:
eu, ser dos estios.

II
de agora em diante
proponho só me chover
só pra poder ser feliz
e lagos, mares, ter.

III
o oceano do meu ser
desaguou n'outro oceano
e hoje em desvario
eu declino plano a plano.

IV
rompem serras, rompem mares
mares dos pesares meus
mar de mim mesmo
ando a esmo
mar de dores: eu!

Cuiabá (MT) · 29/5/2007 16:06

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