terça-feira, 1 de julho de 2008

desvéu

as ruas passam aos meus olhos
como um caleidoscópio

ópios sapiens sensatos alucinógenos salientando vertiginosas correntes elos de nós gentes que jantam celebram céleres na manhã de falso ócio salve salve

o carro corta fluxos e refluxos
paredes refletidas se perdem no retrovisor

santos homídios cometem homicídios suicídios fraticídios tudicídios tudo idios idiossincráticos uma maçã na cabeça a insensata língua enroscando desanuvios tudo claro cristalino como a manhã que forja a lucidez

são meros caminhos ou descaminhos da via linguagem
livre não livresca com livro ou sem livro na cabeça

como taça invertida flerto com a desembocadura do ser
canduras
de menino que vai e vem nessa gangorra crônica libertina da língua do tato do suor do sabor da labuta livro pode ser sem livro pode ser sem ser pode não ser quem sabe?

modos modelos operandi
não modus não operandi
opero lascivas preguiças

desopero e me estico
largado ao sol
feito lagarto ao léu

véu
quem sou eu?
véu

Cuiabá (MT) · 2/12/2007 12:07

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