terça-feira, 1 de julho de 2008

fluxus interruptus

a pele petalada sensível espinhenta
rugas demarcando caminhos do tempo

viver será a sua maior sentença

caralho
volte e solte
o fluxo contínuo
o verbo preso que enche de horror
sua garganta
sanguinária
preces louvores
nos corredores surreais violáceos

sem sentido
sem sentido

repetidas fugas pelos descaminhos do caos
a eterna preguiça

banido de todos os gêneros
ah! fora do tempo
como uma partitura
sem nós sem fios sem saída
a música universal
em desarranjos letrados

desfocado
diluído

arredia figura
oculta
feito tatu

tateando
tatuteando

na superfície cava

Cuiabá (MT) · 23/3/2007 18:38

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